Primeiras Vezes
Imagem: The Embrace (The Loving), Egon Schiele Primeiras Vezes Não pensei que aos 35 anos de idade fosse experimentar tantas primeiras vezes. Não que o que o que não é primeira vez tenha menos significado ou importância. Mas já com certa experiência de vida, parece-me uma experiência vivida e cintilante re-descobrir o mundo sob um novo prisma. Me entreguei a um homem no escuro de seu quarto e sob suas escolhas musicais. Adormeci em seus braços toda a noite. Lânguida e sutil, como se pertencesse a um quadro. Imagem estática e bela. Tranquila: como se soubesse que havia chegado ao amor. Primeira vez. E foi então que passamos noites de lúxuria, entretidos nos braços um do outro. Mundos que se encontram outra e outra vez. Nossos braços conjugados, pernas entrelaçadas. A música, nosso ponto de encontro, preenchendo a escuridão do quarto. Beijos, nunca antes dados dessa forma, nos unindo. O primeiro orgasmo. Amores múltiplos. E repetimos esses rituais de amor da mesma forma,...