Ella.
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Showing posts from May, 2008
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"Senão é como amar uma mulher só linda E daí? Uma mulher tem que ter Qualquer coisa além de beleza Qualquer coisa de triste Qualquer coisa que chora Qualquer coisa que sente saudade Um molejo de amor machucado Uma beleza que vem da tristeza De se saber mulher Feita apenas para amar Para sofrer pelo seu amor E pra ser só perdão" Samba da Bênção de Vinicius de Moraes. Ele escreveu este samba porque era homem. Bem, talvez isso nem sirva para explicar. Enfim, estou para ver quem concorde e viva ao lado de mulheres assim.
Conventioneers
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Conventioneers. Houve uma época que eu estava viciada em Barenaked Ladies. E houve uma noite em que me apaixonei por Conventioneers, a música. Procurando por cd's e dvd's para assistir numa noite calma e desprovida de Shakespeare, me deparei com este filme. Esse da foto. Olha pra cima. Li brevemente a sinopse e decidi que seria o filme da noite. Eu esperava que Conventioneers do BNL fosse parte da trilha. E era. E o filme foi bom. Em uma primeiro plano, conventioneers é aquele que vai a uma conferência. No entanto, para mim, conventioneers são aqueles que fazem do amor, um jogo. Uma espécie de labirinto, passa-tempo, ou coisa que o valha. São [conventioneers] duas pessoas que se conhecem, se envolvem e depois de um tempo sabem que vai acabar, que talvez nem deveria ter começado, mas insistem. Eu entendo que sim, há vezes em que a pessoa se engana. Todavia, estou quase certa que na maioria das vezes a gente sabe. No fundo, sempre se sabe que não vai dar em nada. ( O dar em algu...
Um livro que deixou de ser, e nem foi
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Em 1970 foi publicado um livro do bicentenário do nascimento de Beethoven. Talvez a data esteja errada. Tu sabes que música clássica não é o meu forte. E eu não vou checar as datas. Me esqueço desses pequenos hábitos que me fazem tão eu mesma. Tu ainda não havias nascido. Nem eu. Pensei em guardar esse livro para ti. E o deixei na mesa do escritório por alguns dias. Nós dois, eu e o livro, te esperando. Mas daí me dei conta que seria estranho te dizer que queria que tivesses esse livro por minha causa. Que seria uma das poucas coisas que nos uniria. Tu que vias tanta coisa, não me viste. Devolvi o livro. Tu és um risco que não quero correr.
Hoje
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Hoje tem feijoada no barraco da Keiko. E samba. O cd novo da Adriana Calcanhotto me fazendo quase chorar por ser lindo e por me dar nos dedos. Bem feito. Bem feito. Quem mandou repetir os erros. Tenho investido mais tempo na vida real. Nas coisas realizadas, no dia-a-dia. Quase uma rotina de felicidade. Dia 11 tem entrevista. Ontem teve tango e um sentir novo. Senti o controle e gostei muito. Foi com dificuldade que dissimulei uma certa alegria. Preciso muito de mais aulas, mais alegria e deixar que me guiem. Pelo menos nas aulas de tango. Acho que foi a primeira vez nas aulas que senti isso: que estava encenando e que a pessoa que estava comigo estava em compasso e sentia o mesmo. A pergunta do dia é: o que é melhor, fazer uma festa na prisão ou viver livre, mas sem festa alguma? Parte da cultura brasileira me revolta. A tv é uma delas.
Um achado
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Ashes of Life by Edna St. Vincent Millay Love has gone and left me and the days are all alike; Eat I must, and sleep I will, — and would that night were here! But ah! — to lie awake and hear the slow hours strike! Would that it were day again! — with twilight near! Love has gone and left me and I don't know what to do; This or that or what you will is all the same to me; But all the things that I begin I leave before I'm through, — There's little use in anything as far as I can see. Love has gone and left me, — and the neighbors knock and borrow, And life goes on forever like the gnawing of a mouse, — And to-morrow and to-morrow and to-morrow and to-morrow There's this little street and this little house. Source: Poetry Foundation .
Uma cidade
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Eu sei bem como é a realidade. Sei como é comer arroz e feijão, cuidar da saúde, escutar o sono pesado de alguém, trabalhar bastante, ter saudade, querer ter uma casa com jardim, ter um cachorro grande, colher flores, limpar vidros, fazer faxina. Sei como é viver com a realidade. Nunca pedi nada que fosse impossível. Sempre entendi a rotina, embora dela nunca tenha me tornado amiga. Por querer viver uma paixão, perdi as coisas que eram concretas. E a bondade de um homem muito valioso, pelo qual eu guardo um amor-memória. Um dia decidi, depois de muito pensar e agir, que ia escolher melhor. Que voltaria a estar só, por escolha. Que minha liberdade era preciosa. Que meu corpo é um templo onde só pode rezar quem eu quero que reze. Que minha mente quando estimulada pode ser muito. Que meu riso é um canto e uma virtude, que minhas mãos podem sim tocar. E que não é uma técnica, fazer rir, ou sentir um ao outro. É uma sintonia. Entendo muito melhor o que quero, embora as vezes aceite menos do...
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Sometimes we look for things in the wrong places. Sometimes we don't take action. Sometimes we do too much. Sometimes we have no expectations. Sometimes we work with little material and the results are amazing. Sometimes we wonder and silence. She stayed there for a short while, trying not to cry. Her flight was late, her night was horrible, and she felt-was lonely. Broken. In the morning sun of a cold winter far away from home. Image: Hopper, Summer Interior.
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Tua presença me faz lembrar o quanto estava viva naquele tempo. E agora tudo que eu sei é que estou adormecida. Te ver me faz mal. Me lembra daquela que fui e que já não existe. Me lembra da morte lenta que foi te tirar de mim. Foi há quase dois anos. E ainda dói tanto me lembrar de ti naquela cama, num quarto escuro, e reviver aqueles dias em pensamento. Não sei o porquê de estar assim tão triste. Tudo vai indo bem. Sei que nem deves te perguntar. Mas eu te digo: tudo vai bem, obrigada. Sei que falo bastante sobre as minhas crises diante da falta do que dizer. E agora não vai ser diferente. Abro um documento no word e tento escrever. Quase todas as tentativas são infrutíferas. Fomos ontem pela primeira vez ao cinema juntos, os quatro. Ele, ela, a cachorrinha, e eu. O filme foi ótimo, a companhia idem, e a cachorrinha dormiu durante todo o filme. Seguraste minha mão e eu ainda não acredito que estás aqui. Embora eu esteja coletando evidências. Sexta-feira: A diferença entre quem tem (m...
You've got me thinking
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English: it seems like I can’t win. I can read it well, I can write it relatively well, but when it comes to speaking I will always battle with uncertainties. To live in a foreign country is to live constantly wondering if you’re being understood. And there are so many levels involved within communication. I can’t win because if I speak Portuguese there’s this weird way in that I read the world and in which I manifest myself. If I speak English, there’s this weird way in that I read the world on top of my accent. Definitely, I can’t win. I’d like my place to be a bit more pre-Raphaelite. A face that looks Indian. Sometimes things don’t belong together and that’s good. It makes it easier to understand the permanence of so many other things. I should pay more attention to what people write and tell me. I spell your name almost as if I had some type of obsessive compulsive disorder. I don’t. Move my lips very slowly. I make grammar mistakes over and over again. And I know that. I devour y...
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circles circles of stars hands embracing air the smell of a cold, wintry night a little further away the ocean’s brimming a hazel prose red and blue pearls a dream all in pastels my senses over your senses a little light comes in your eyelashes touching a pale-rose-teat there’s no music but dew drops on me
Mortes
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O fato de que certas coisas em mim morrem não me faz triste. Certas coisas em mim morrem para dar lugar a outras mais intensas, mais profundas. Sei que estou crescendo, sei que estou a desenhar dentro e fora de mim um futuro e presente melhores. Por isso me renovo e morrem as coisas, lenta e rapidamente, cheias de dores – algumas, não todas – e se esvaem num céu de maio.