Nem Deus Sabe
Eu acho que nem Deus sabe. E esse achar é quase uma convicção.
Fui a primeira a chegar ao Colony Theatre. Não gostei da sala. Gosto mais quando não tem palco entre o público e a tela. Gosto mais quando a platéia fica quieta. Gosto mais de cinema mais para vazio do que para cheio. Não gosto de comercial de pinga e assobios e aplausos calorosos na platéia por causa do tal comercial brega.
Gosto mais quando senhoras gordas não ficam ao meu lado tirando e colocando a bolsa na poltrona vazia que está ao meu lado. Era a bolsa ao meu lado esquerdo e a senhora do meu lado direito. Me senti a intrusa. A terceira pessoa entre uma bolsa e uma senhora - que estava talvez mais acompanhada que eu.
Gosto mais do que não é pretensioso.
Te imaginei lá comigo e foi bom. Olhei para a sala de projeção com a curiosidade de quem queria saber se veríamos a uma cópia digital ou não. Aos poucos, revelações.
South Beach e suas lojas e luzes e eu procurando. Não sei se foi o filme, mas saí de lá sem rumo, levemente triste. Eu esperava mais do filme, de Deus, da vida.
Depois de meses de espera, seria impossível não ter tantas expectativas. Adorei a trilha sonora, mas o filme em si, apesar de bom, me deixou querendo mais. Não posso dizer que gostei da atuação. No entanto, Diego Luna fala um português bem bonitinho.
O diretor recriou Ofélia com as cores de Oxum. Gostei do fogo no rio. E das imagens. Gostei desse ar de filme familiar. Carmen.
A vontade de visitar o México cresce. Ano que vem, se tudo der certo, vou participar de um workshop em Oaxaca, Oaxaca. Pretendo passear pelo Distrito Federal, Puebla e Chiapas.
Está na hora de começar a trabalhar no El Repartidor de Pan. Está na hora, sempre está na hora.
Cantarolando Saudade – Na vida tudo pode acontecer. Saudade quero ver para crer. Partir e nunca mais voltar. Poderia perder-me nesta felicidade. Tenho medo da verdade. (Otto e Julieta Venegas).
Sim, tudo assim mesmo, fora de ordem, sem fazer sentido, misturado. Completamente ofuscado.
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