Encontros
Marta Gomez e meu texto antigo e meu anseio pelo mar:
O Mar Que Foi Meu
Já fui um mar de espera. E tive também ondas bravias no meu mar. Já fui rochedo e céu que se deita e se abraça no mar. Já fui Pacífico e Atlântico. Maré alta. Ebulição. Já estive Norte e Sul. Já fui oceano de ressaca. Mar de perdição. Fui pirata, escrava vinda de além-mar. Fui o olhar de ondas e o perder corrida para o cansaço na beira do mar. Já fui conchas, golfinhos. Cavalo-marinho. Fui balanço num barco pesqueiro. Fui aldeia de pescadores no sul da Espanha. Fui amor louco e rebelde, amor débil. Paixão de estação. Já fui gritos de "eu te amo" na areia fofa de uma praia distante. Já fui casebre azul e pássaro sobrevoando as lentes de minha câmera. Sob um céu e um sol de vertigem. Sou salina na essência. Minha lágrima, hoje no hemisfério norte, carrega o sal dos mares em que já estive, nos quais já fui. Nov. 30/2005
O Mar Que Foi Meu
Já fui um mar de espera. E tive também ondas bravias no meu mar. Já fui rochedo e céu que se deita e se abraça no mar. Já fui Pacífico e Atlântico. Maré alta. Ebulição. Já estive Norte e Sul. Já fui oceano de ressaca. Mar de perdição. Fui pirata, escrava vinda de além-mar. Fui o olhar de ondas e o perder corrida para o cansaço na beira do mar. Já fui conchas, golfinhos. Cavalo-marinho. Fui balanço num barco pesqueiro. Fui aldeia de pescadores no sul da Espanha. Fui amor louco e rebelde, amor débil. Paixão de estação. Já fui gritos de "eu te amo" na areia fofa de uma praia distante. Já fui casebre azul e pássaro sobrevoando as lentes de minha câmera. Sob um céu e um sol de vertigem. Sou salina na essência. Minha lágrima, hoje no hemisfério norte, carrega o sal dos mares em que já estive, nos quais já fui. Nov. 30/2005
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