Fui tomada de uma força que arrebata e acalma. Foi numa noite em que, com humildade, agradeci pelas experiências que viver me proporciona. O quarto estava escuro e o corpo franzino, cansado e dolorido, recostado e curvo sentia nem frio, nem calor. Foi então que balbuciei palavras sinceras de agradecimento. Desde essa noite não tenho mais sentido aquela dor tão estranha que parecia a dor de uma adaga cravada nas costas. Não que algum dia eu tenha tido uma adaga cravada nas costas, mas a sensação era a de ter um objeto estranho fincado no lado esquerdo das costas. Essa dor passou, como passarão as outras. E a felicidade, tão bonita do dia de hoje, se prolongará junto com a paz que sinto e que quase me tira o ar. Palpito por essa felicidade verdadeira, cósmica, uma espécie de maturidade que cresce e cresce. Abraço teu mundo. E como uma concha me encontro com outra concha que me faz ver o mundo com olhos azuis. Eu sabia que virias.
To Someone
The architecture of the city is plural and restless. Your voice comes and goes. The sky was pale blue today. White here and there. Clouds. Whispers. Our dialog is more vivid now. I still see how intense your eyes are. You come and go from me. But I know you never really leave. At least, that is the illusion that keeps me - going? I see patterns. They make sense. Like you made sense a while ago. I can't reason with Love, can I? Love, this palpable, irrational measurement of attachment and desire. I don't know if you are the same anymore. The same I knew. Did I ever know you? It doesn't matter because you fit like a symptom fits a disease. You fit my fantasy. My fantasy was so concrete and so tangible. I play us in my head. If I had. If you had. But history doesn't rewrite itself. I can't walk down the street to try and find you. Unchanged sea. Under the same sheltering sky. I love you.
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