Quotidiano
Meu quotidiano se resume a viver. Vivo assim, as surpresas pequenas de cada dia. Ir e vir. Falar. Ser. Estar. Me mostro aos poucos. Me enamoro de ser quem sou. Parte do amadurecimento de estar bem comigo mesma. Assumir a responsabilidade de ser quem sou.Estive em ti. Viajei pelos teus caminhos para descobrir-me.
Sinto tua falta. Pela noite que nem sempre se faz macia. Olho o teto. Espio pela janela. Dirijo rumo ao. Choro agarrada ao que ainda lembro.Cuido de mim. Te sonho. Lembro muito do que foi ruim. Assim me protejo. Escondendo meu amor por ti.Ontem cozinhei. Muito verde, branco e vermelho. Uma mesa quase digna de Almodóvar. Bebi vinho espumante e fondue de chocolate para sobremesa. Digeri tua falta. Traguei meu orgulho e pensei em dar-te uma nova oportunidade. Me perguntei: estou cometendo uma injustiça? Vale a pena ter razão? Viverei eu nesta incerteza?
Me registrei para um open house em fashion design. Me pergunto que farei com as faltas.Ontem de madrugada, eu falava com um novo-velho amigo. Sentada na minha imensa cama, vestindo meu vestidinho cor de creme, olhando a lua pela janela, e lhe dizia o quanto foi difícil, para mim trabalhar, num restaurante. Eu, imigrante, saída da UCLA e de Los Angeles, bibliotecária aqui e acolá, lidando com o desafio de estar fora d'água. E então de repente eu lembrei que aquele dinheiro que ganhei lá, trabalhando onze horas por dia, quando eu chegava em casa exausta e ía pra o meu quarto, imaginar um quotidiano melhor, lembrei que com aquele dinheiro, paguei pela cremação da minha mãe.
Eu que havia prometido ir com ela a Espanha. Eu que queria ver com ela o show do Gipsy Kings. Tanta coisa que a gente não fez.Sim, me exaspero. Pelas faltas. E não sou vítima de nada. Eu orquestro minha vida.Estou sentindo faltas tão agudas hoje. E sei que estão meu irmão e meu pai. Mas ainda assim, sinto saudades dela.
Sinto tua falta. Pela noite que nem sempre se faz macia. Olho o teto. Espio pela janela. Dirijo rumo ao. Choro agarrada ao que ainda lembro.Cuido de mim. Te sonho. Lembro muito do que foi ruim. Assim me protejo. Escondendo meu amor por ti.Ontem cozinhei. Muito verde, branco e vermelho. Uma mesa quase digna de Almodóvar. Bebi vinho espumante e fondue de chocolate para sobremesa. Digeri tua falta. Traguei meu orgulho e pensei em dar-te uma nova oportunidade. Me perguntei: estou cometendo uma injustiça? Vale a pena ter razão? Viverei eu nesta incerteza?
Me registrei para um open house em fashion design. Me pergunto que farei com as faltas.Ontem de madrugada, eu falava com um novo-velho amigo. Sentada na minha imensa cama, vestindo meu vestidinho cor de creme, olhando a lua pela janela, e lhe dizia o quanto foi difícil, para mim trabalhar, num restaurante. Eu, imigrante, saída da UCLA e de Los Angeles, bibliotecária aqui e acolá, lidando com o desafio de estar fora d'água. E então de repente eu lembrei que aquele dinheiro que ganhei lá, trabalhando onze horas por dia, quando eu chegava em casa exausta e ía pra o meu quarto, imaginar um quotidiano melhor, lembrei que com aquele dinheiro, paguei pela cremação da minha mãe.
Eu que havia prometido ir com ela a Espanha. Eu que queria ver com ela o show do Gipsy Kings. Tanta coisa que a gente não fez.Sim, me exaspero. Pelas faltas. E não sou vítima de nada. Eu orquestro minha vida.Estou sentindo faltas tão agudas hoje. E sei que estão meu irmão e meu pai. Mas ainda assim, sinto saudades dela.
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