In The Mood For Love.
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Showing posts from April, 2008
Two
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Facts are what reside between you and me. Some facts drag you down: Breathe. Some answers justify whatever it is that you want to justify. My interpretations of reality collide with yours. I stand for what I see as true. On the other side of a Calatrava bridge, you hold your own truth. None of us knows for sure and that’s why we keep moving, burning, smiling, melting. We’re here to learn and expand our souls: kaleidoscopic. Our colors don’t have to mix, there’s space for you and me. For colors that make things brighter, not blurrier. It can be nice, for a change.
Antes & Depois
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Um dia tu vais ver, como eu vejo agora, e vais entender. E vais te dilacerar pelas coisas que deixaram de ser e pelas coisas que deveriam ter sido. E vais te dar conta que planos servem apenas para preencher algum espaço. Rachael estava certa: ficar certamente é uma escolha. E tem que entender que deve ser por bons motivos. Pensei em um rio como um grande corpo colado, apaixonado pela terra. Ou um rio seria um choro incontido de olhos que, escondidos em algum lugar, clamam por algo desconhecido? Dois cafés mais tarde e ainda estou pensando. E tentando entender esse dia catártico. Em que passo por uma espécie de colapso Hiroshima, Mon Amour. Sem interlocutores. Uma parte de mim queria ser extraordinária em pelo menos uma das coisas que faço bem. Estou cansada de ser medíocre. A minha voz de blogueira está se exaurindo, aos poucos. Trágica? Pode ser. Eu dizia para a mãe que sem uma pitada de drama fica mais difícil escrever. Ela ficava apreensiva, mas aceitava. Aqui me tens: duas de mi...
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Complicado separar fantasia da realidade. Uma milonga rompe em um grito azul e profundo. Eu pensei que sabia o que procurava. Repete para mim como era sentir tudo aquilo. Repete para mim, em alto e bom som, como foi, desfaz as malas se for preciso, estuda os contornos da casa, meu semblante, minhas linhas. Mas diz alguma coisa. Algum dia o teu mutismo vai te abocanhar. Em frente ao computador, ouvindo um tango, espero. O silêncio é tão agudo que desponta em mim um gemido angustiante. Não estou triste, nem só, mas ainda dói. A brincadeira de ser gente grande cansa. Um final de domingo pa' bailar . Pode que o que nos reste seja apenas isso, um belo entardecer, um vinho doce bem gelado, e uma fome de amar insaciável. E agora a noite é calma e pesa como os horrores da guerra e da fome. E das coisas que nem que eu me soltasse no mundo, defendendo direitos e me proclamando dona de algumas verdades, conseguiria mudar. E assim me calo e me ponho a pensar apenas no meu umbigo gordo e difere...
a few things
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You don’t know what love is Until you’ve learned the meaning of the blues Until you’ve loved a love you had to loose You don’t know what love is You don’t know how lips hurt Until you’ve kissed and had to pay the cost Until you’ve flipped you’re heart and you have lost You don’t know what love is Do you know how lost hearts fear The thought of reminiscing And how lips tasting of tears Loose the taste for kissing You don’t know how hearts yearn For love that cannot live yet never dies Until you’ve faced each dawn with sleepless eyes A song for a breezy morning, dolphins, the ocean and a (hurt) soul. Song: Chet Baker, You Don't Know What Love Is. Imagem: Chet Baker, Google Images.
Uma balada
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Quase sete anos longe. Nós mudamos tanto. Não vais reconhecer alguns dos meus já não tão novos hábitos. Eu vou estranhar não ter que evitar sentir tua falta. Vou ter que aprender a dividir o tempo de novo. A caminhar ao teu lado sem te atropelar. Lembrar que tenho que correr para te encontrar para que não te sintas só, para que nunca mais te sintas sem mim. Vamos voltar a ser parte de uma família. Te espero, Cris.
Little Girl Praying
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Desde tempano, la niña reza, pa' que su día no sea tan largo y con la luz de madrugada, hace limpieza de sus encargos cierra los ojos pa' no mirarse, que en el espejo se va notando que su trabajo la está acabando y es que su santo está en descanso todos los días, todas las horas, en esa espuma de sus tristezas, uñas y carne, sudor y fuerzas, todo su empeño, todos sus sueños, se van quedando en sus recuerdos, en la memoria de sus anhelos Ay! melena negra carita triste, Rosa María buscando vives tus días y noches una salidaque un domingo libra este infierno tuyo por tu alegría. Maquiladora sólo un recuerdo será algún día y la cosecha tu propio fruto será algún día, será algún día. Que redimidos sean tus patrones será algún díay que la humildad se vuelva orgullo será algún día y que seas igual a los demás será algún día, será algún día. La Niña de Lila Downs , Imagem: Dance de Vicente Sampaio. Today I pray for his happiness and for the beginning of a new era.
The Lady Fado
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Madredeus: Vem Hoje eu seria toda fado se te envolvesse em mim. Seria uma tristeza aguda e grave. Uma beleza não vista, não sentida. Um beleza toda rara e vaga, etérea. Seria um fado, saudade, um tormento por saber que um dia part-irias. Seria angústia e a felicidade supressas num sopro apenas. E violenta e calma, te olharia com um pouco dessa mágoa de saber que (não vais ficar), e te morderia. Para que assim ao menos me levasses comigo por algumas horas, como levo eu minutos de fado. Minutos de certeza. E a vaga idéia de que vou viver para te amar. Triste e bela, num vestido vermelho, remendado pelo tempo, desfeito pela espera, enrugado pelas minhas confissões rotas e exasperadas. Cheias de um olhar que se amansou pelas ironias do tempo e as garlhadas ferozes de uma mágoa que arde como pele queimada. E pela história inventada. Pelas torres não alcançadas. E talvez agora eu já esteja a escutar uma nova voz. Imagem: The Lady Anne, 1899. Edwin Austin Abbey.
Beauty
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In these days of wars and rumors of wars, haven't you ever dreamed of a place where there was peace and security, where living was not a struggle but a lasting delight? - Lost Horizon, directed by Frank Capra, 1937. In: The Geography of Bliss by Eric Weiner. I'd like to know how can I contribute to make the world a little bit more beautiful. A little more like home for those who don't even imagine there's such a place. I wonder: is it possible to do that? Is it possible for someone who feels like a pariah? Should I travel around the world? Should I go to India? It's all in the book of questions. No asnwers, though. Should I ever find a place like home again, I'd like to share it with others. I had a place that felt like home once. It was the place where her voice was all over. And she used to hug me to tell me that everything was going to be ok. I don't know how many souls I still have to see being born and die to find that place. I don't know if I shoul...
Japanese fall
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Que mais posso fazer para me manter viva, lúcida? Me exponho, me critico, me arrumo, me toco. Penso. Penso mal por pensar de forma desordenada. Viva significa sentir, sofrer, amar. E tanto mais. Carece listar? Creio que nem seja importante. Cada um tem seu relicário. Andar por esse mundo afora sem isso me faria padecer muito mais. Sofro caos dentro da aurora. Um pouco de sangue no rasgado laranja do sol se abrindo no céu. Uma pele de veludo na minha. E amanhece. What was I thinking? Was I out of my mind? Could an Epicurean be happy living with a Stoic? Escrevo como são paridos os pensamentos. Quando são gerados em inglês os escrevo assim. Se brotam em português sigo essa sina. Os pensamentos me comandam. Uma redoma, esta cidade. Faz um frio intenso. As luzes estão acesas. Corro riscos. Aos poucos, construo um santuário. Uma aldeia. Um forte. Assim inicia-se o primeiro capítulo, ou quase assim. Daquele livro sobre o qual te falei uma vez: A Cidade Na História, de Lewis Mumford . Meu cor...
neblina
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Estou confusa e cansada. Ontem foi novamente domingo. Domingo de esquecimentos. E de agir. Todos os dias iguais. Acordo, vejo meu rosto no espelho em frente a cama e o quadro enorme. Espio em que estado está o rosto, uma olhada breve no cabelo, que pesa. Caminho, meio contrariada para mais um dia de trabalho. Paradoxal. Sinto frio na nuca. Espero por um beijo. E quem sabe uma marca tatuada que me lembre que sou tua. Ou que me iluda o suficiente para que pense em tua chegada.
Resting
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Recolhida dentro de um túnel, eu te espreito. Agora. Por ser agora o melhor presente que eu mesma posso me dar. Me seguras com tua mão e me fazes girar lentamente, como quem chora ainda a perda de um amor antigo. Estou mudando a vida de lugar. Dando prioridade ao ato de caminhar, as vertigens de viver a céu aberto. A alegria, eu bem sei, vem e vai, como uma parte do mar. Mas pelo menos meus passos são firmes, tento a autenticidade, não minto. Te tenho como uma verdade que um dia foste. Relativa como todas as outras. E quando te disse que te amava, quis recuperar naqueles segundos slides de uma vida que já passou. E daquela sala distante, me vi no espelho: séria e lânguida. Dizendo-te o que foste. Recortando o passado dilacerante dos meus mapas. Para ganhar o mundo dos espelhos de rio.
Retrospectiva
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Talvez um dia te reencontre numa dessas ruas em que a sujeira se acumula e o frio é tão somente um espinho na superfície da pele. Em momentos de ócio mental, eu rememoro um diálogo inusitado entre uma mãe e uma filha. O problema é que eu não sei se o diálogo existiu ou é trecho de um filme. Não existe problema em não saber, mas tampouco se trata de plagiarismo. Reproduzo o diálogo e rio sozinha do absurdo de uma frase que diz: - Are you crazy? Your dad's so square he doesn’t even pee in the shower. Me perco indo a lugares que sei onde ficam. Me confundo com os nomes das ruas, acho que apenas é o cenário que está um pouco diferente e sigo procurando. Fico contente pela alegria alheia. E giro em teu corpo, sonolenta, e sinto a tua felicidade se decantando perto do meu corpo. Senti falta. Queria saber como sentes. Quais e quando vibram em ti as minhas notas de felicidade e entrega. O filme foi chato, mas a companhia foi boa. Gosto dos mergulhos dos teus olhos nos meus. E tuas vontades...
Gotas
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Admito que chorei. E que neste dias que esquentaram muitas coisas me fazem chorar. E meu choro é só uma água parada no canto dos olhos. Um nó na garganta. Um sensação de tristeza miúda. Um sentimento que me aplaca. Gosto de descrever como está a casa. Sou parte deste sol de abril, desta luz que parece uma dor de cabeça intensa com a qual eu já me acostumei. Tudo está bem. Há poeira sobre os móveis. As revistas, não lidas, empilhadas no mesmo lugar desde que te foste. Te espero de banho tomado. Com as mãos prontas. E a música e uma gota de Givenchy.
Be My Angel
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Quero ir nadar, mas alguma coisa me prende dentro de casa. Talvez seja a música. Ou a luz fraca no canto da sala. Foi súbita a tristeza. O dia tinha sido todo murchidão. E se tu não sabes o que significa um dia ser murchidão eu posso te explicar. Dias murchidão são os dias em que nada de bom acontece. Nada significativamente ruim tampouco. É o dia que se arrasta. Em que a gente vê e sente o peso do tempo, o cansado do corpo, e a angústia, e o quanto tudo se parece. A gente nem se pergunta onde estão as coisas que nos fazem bem porque a esta altura tudo parece estar sendo sugado pela falta de vontade. Me vejo nua. E o que os outros não sabem é que isso significa ver-me como realmente sou, só isso. O que eu quero é dizer: a merda é que eu me analiso o tempo todo. Todos os sentimentos. Até a felicidade pura de um belo dia de sol contigo era motivo de análise. Mais gente do que eu imagino passa pelo mesmo. Talvez reconhecer-se no outro seja um exercício de humildade. Um decisão errada e pl...
Uma dor e uma sinfonia
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Há espaços de tempo em que basta estar apaixonada pela vida. Mas seria muito mais intensa uma sinfonia. Eu me pergunto se o tempo não haverá alterado tanto o sentido das palavras que hoje o que entendemos por uma coisa é na verdade uma outra verdade. Uma verdade completamente diferente e alheia a esta e a uma que virá. Minhas células-silêncio gemem. E a luz plena do quarto se insinua para mim. O teto me parece uma forma de repressão. Sinto com os ouvidos que, no andar de cima, alguém caminha. Nervosamente. Sobre mim um tecido branco e macio me protege. Há um septo entre meu corpo e meus sentidos. Cessam os ruídos. O fogo se apaga. Adormeço tranqüila e feliz por estar desacordando do silêncio novo da casa. Ainda quero amar.
This I Believe: Image II
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Image: William Blake, Age Teaching Youth. Source for this Interpretation : It has been suggested that the leaf and tendril motif on the dress of the youth in the foreground (who seems to be drawing ) identifies him as representative of a mind limited to nature and its imitation. The old man might represent the law, which is contradicted by the girl who, gesturing heavenwards towards the infinite, might represent imagination.
This I Believe: A rough draft
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Hope: an expected desire; confidence in a future event Maybe one day you would like find out my real name. While that day does not come, you may rest your eyes on mine and learn what the meaning of Keiko, this chosen name of mine, is. Perhaps this way, you will see that my chosen name is an important part of who I am, it holds a bit of my essence, something that is not usually noticed by most people. I am dexterous at freeing myself from definitions, but I can show you a little bit of who I am by telling you about the things I like. I like possibilities. There are two kinds of possibilities I particularly like: exclamation points and question marks. Exclamation points excite both the listener and the speaker. They represent the sounds of the soul. Exclamation points carry a little bit of a flourishing surprise, a sensation that can make your eyes tremble and open wide, blink rapidly, and on a more remarkable note, exclamation points can make your eyes embrace people. I like quest...
Duas de mim
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Maquiagem: me camuflo. Viro vitral, cores. Mudo. Sou eu mesma, nem mais bela, nem menos bela. Diferente. Rabisco os olhos de negro, a boca de brilho ameixa. Lavo o rosto: me camuflo. Viro boneca, cor de oliva. Mudo. Sou eu mesma, nem mais bela, nem menos bela. Nem sou como nasci. Os olhos calmos e grandes, a boca como figo bem maduro.
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Ela conhecia sua música. Talvez do tempo de antes, de um tempo chamado infância, ou do que se seguiu, ou do tempo da aridez. O braço dormente caiu no lençol branco e já não havia dor: ela não conseguia dormir. Fazia calor. Tinha visões, alguém lhe ditava um texto e mentalmente ela anotava. Quero escutar tua poesia. E pertencer aos dias em que te via bela nas plantações de morango. Sinto falta de ti e dos teus milagres com a terra. Embaixo de um tufo de folhas verdes, frutinhas vermelhas me sorriam. Mais ao longe uma macieira nos sorria. E eu corria a acompanhar teus passos, naquele campo que eu queria nosso. E naquele tempo que eu pensava que nunca passaria. Ouve a música . Eu vou embora.
Tormento
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Yo quería encontrar la voz que perdí cuando dejé mi casa. La voz de niña, de nieta, de hija. La voz de hermana. Yo queria volver a escuchar la voz de ayer. Recostar mi cabeza, como pocas veces hice, cerca del pecho de mi madre y escuchar sus cuentos. Y agarrar a mi hermano por la mano para buscar en el mundo huellas del futuro. Yo quería una voz sin color para que encuentre en todos un hogar. Una voz que sea tolerante y que también escuche. Yo quería encuentrar una voz firme, que confíe, que abraze. Yo quería encontrar una voz que no suene rara, un acento que no moleste ni a mí, ni a los demás. Yo queria tener de nuevo una voz que encuentre oyentes, que sirva de consuelo. Que construya puentes bellos como los de Santiago Calatrava. Yo quería la voz que habla con todas las gramáticas y que crece. Una voz que puede mejorar la vida de los que le dan la mano. Yo queria ser la voz de la niña de un pais pequeño que busca en la música una patria. Imagem: Martha Graham, Letter to The World. ...
Domingo
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Sol refletindo no lago, formando imagens de espelhos vermelhos. Me recosto no sofá e te espero. Me pergunto o que fazes. Os esquilos não vieram, tu não vieste. Como será que vou te reconhecer? Vais me dar um sinal? Me exaspero, tudo está em ordem. Estou bem. A espera parece um castigo. Estou cansada de abraçar-te em pensamento. Me fazes falta. Na sala, Chico canta quase sozinho, eu estou ausente. Eu absorta perto da janela, me desnudo dessa coragem toda que me faz ser feliz sem ti: Contorno com meus dedos teu rosto imaginado, e adivinho um olhar forte. Rubem Braga: Me entreti demasiado com a espera. Os barquinhos, ou seja o que for que me mandaste fazer, ajudam por algum tempo. Agora quero satisfazer os cinco sentidos. No mundo ideal: Valsa Brasileira, um vestido longo de baile, um tuxedo, luvas para depois desnudar-nos as mãos, e teu corpo no meu. A arte pode salvar, pelo menos por algum tempo. Imagem: Reclining Woman with Green Stockings, 1917 de Egon Schiele.
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O doutor me encarou, com dois olhos firmes e rasgos orientais, e sério me disse: -Eu só vejo uma tristeza profunda em ti. Não há nada fisicamente errado contigo. Posso te receitar anti-depressivos para te ajudar a passar por este momento de perda. E eu, pequena, com frio e descalça, embaralhada pelas vozes estranhas que vinham do corredor, confusa pela dor física que sentia, e com as notícias de que eu estava bem, retorqui ao calçar meu sapatos: -Muito obrigada. Eu vou sentir o que tiver que sentir. Não quero os remédios. E pensando estar pronta para viver a tua perda, peguei minha bolsa e meus papéis e ao sair dali, sozinha e com olheiras permanentes, continuei descortinando o mundo da orfandade.
Caballos de Totora
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Eu devia ter uns onze anos a primeira vez que um cavalo-marinho me fascinou. Tão colorido, tão frágil, tão belo. Lembro que senti uma certa raiva do guri ranhento que o aprisionou num copo de plástico com um pouco de areia e água do mar. Fiquei indignada. Não queria ver aquele ser tão fantástico refém de qualquer pessoa que fosse. Nem eu mesma o manteria fora de seu habitat. Naqueles breves instantes, em que curiosa o observei, lembrei das noites de encantamento nas quais minha mãe inventava estórias de sereias e animais marinhos. Quando vi aquele cavalo-marinho me ocorreu: as sereias também devem existir! Pode ser que um dia desses eu esbarre numa delas por aí. Obviamente, isso não aconteceu em Santa Catarina e nem nos verões seguintes... No entanto, continuo a admirar cavalos-marinhos. E as vezes quando estórias fantásticas me visitam, nas madrugadas em que não posso dormir, quando dirijo por uma cidade estranha ou nova para mim, ou quando me imagino um ser que não-humano, e finalm...