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Showing posts from July, 2007

Lucía

Joan Manuel Serrat Vuela esta canción para ti, Lucía, la más bella historia de amor que tuve y tendré. Es una carta de amor que se lleva el viento pintado en mi voz a ninguna parte a ningún buzón. No hay nada más bello que lo que nunca he tenido. Nada más amadoque lo que perdí. Perdóname si hoy busco en la arena una luna llena que arañaba el mar... Si alguna vez fui un ave de paso, lo olvidé pa' anidar en tus brazos. Si alguna vez fui bello y fui bueno, fue enredado en tu cuello y tus senos. Si alguna vez fui sabio en amores, lo aprendí de tus labios cantores. Si alguna vez amé, si algún día después de amar, amé, fue por tu amor, Lucía, Lucía... Tus recuerdos son cada día más dulces, el olvido solo se llevó la mitad, y tu sombra aún se acuesta en mi cama con la oscuridad, entre mi almohada y mi soledad.

Vazio

Tu te lembras quando eu desenhava e te mostrava, boba, o céu? Tu te lembras quando eu usava, inocente, palavras desconhecidas e te olhava séria e cheia de uma alegria arredia? Tu te lembras de quando eu te abraçava? Eu sei que não te lembras, mas eu queria perguntar para talvez fazer com que essa dor se prolongasse, para sentir alguma coisa. E não vazio.

Grande como o mar

O que é que há deste lado? Espera, trabalho, ânsia, perfume, saudade. O que é que há deste lado? Partida, silêncio, abraço rompido, quebrado, oscilante. O que é que há deste lado? Manhã sem pátria, sol escaldante, e um fado.

No iAlegria

Ai quem me dera terminasse a espera Retornasse o canto, simples e sem fim E ouvindo o canto, se chorasse tanto Que do mundo o pranto, se estancasse enfim Ai quem me dera ver morrer a fera Ver nascer o anjo, ver brotar a flor Ai quem me dera uma manhã feliz Ai quem me dera uma estação de amor... Ahh se as pessoas se tornassem boas E cantassem moas e tivessem paz E pelas ruas se abraçassem nuas E duas a duas fossem ser casais Ai quem me dera ao som de madrigais Ver todo mundo para sempre afim E a liberdade nunca ser demais E não haver mais solidão ruim Ai quem me dera ouvir um nunca mais Dizer que a vida vai ser sempre assim E ao fim da espera Ouvir na primavera Alguém chamar por mim Ai quem me dera ao som de madrigais Ver todo mundo para sempre afim E a liberdade nunca ser demais E não haver mais solidão ruim Ai quem me dera ouvir um nunca mais Dizer que a vida vai ser sempre assim E ao fim da espera Ouvir na primavera Alguém chamar por mim Ai quem me dera, interpretada por Clara Nunes.

Fortaleza

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Carta Talvez seja lugar comum dizer que nasci na época errada. De alguma forma estou presa a um passado que nem me pertenceu. Um passado dentro de outro passado. Mais ou menos um caleidoscópio de tempos. Talvez dizer isso seja repudiar o que vai ser, no futuro, grande e magnífico. Talvezes. Estava procurando a imagem do quadro do Rufino Tamayo. Dois namorados olhando a lua. Faz sentido que não a tenha encontrado. Parei. Também faz sentido que sinta e concentre toda a força de ser nos braços e que das pontas dos dedos saiam faíscas e febres. E que sinta toda tua ausência de súbito e queira girar vermelha como a tela gigante que espalhava dor e que estava inundada de sangue humano. O mundano me causa indiferença. Estamos tão longe de Paris. Imagem: Edith Piaff.

Conjecturas

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A arte é uma farsa, exatamente como tantas outras farsas correntes. Imagem: Georgia O'Keeffe: Ram's Head

Evening Star por Georgia

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Das coisas que parecem melhores Tua voz. A dor ausente. Os diálogos afônicos. Os só nossos aforismos. A ausência de hematomas. As batalhas que escolhemos juntos. Todos os segredos que guardei contigo. Os emblemas de felicidade que ficam marcados em mim. E talvez em algum lugar sobre vivamos Imagem: Evening Star No. VI

Sempre Chico

A moça do sonho Indo para o lugar onde ainda se encontra um pouco sonho. Ainda se encontra um pouco si mesma. Boa viagem.

Viaje

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El Viaje por Eduardo Galeano Oriol Vall, que se ocupa de los recién nacidos en un hospital de Barcelona, dice que el primer gesto humano es el abrazo. Después de salir al mundo, al principio de sus días, los bebés manotean, como buscando a alguien. Otros medicos, que se ocupan de los ya vividos, dicen que los viejos, al fin de sus días, mueren queriendo alzar los brazos.Y así es la cosa, por muchas vueltas que le demos al asunto, y por muchas palabras que le pongamos. A eso, así de simple, se reduce todo: entre dos aleteos, sin más explicación transcurre el viaje. O transcorrer por Keiko O primeiro gesto é o de apego. Os bebês lutam para se acostumar ao não-contato. Sentem falta do calor materno, querem tocar e estar perto do que antes era seu habitat natural. No momento da morte, os idosos querem alçar vôo. O que acontece nesse meio tempo é vida. Que pode para uns ser repleta de amor e para outros repleta de vôos. Raros são os que buscam e encontram os dois. Imagem: Red with Yellow de

O novo mundo dos bibliotecários

Aqui.

Nosotros

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Para o Cris. Com Amor.
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Once Again Estou caindo, estou caindo como quando sonhava Estou chovendo como quando te ouvia Estou tremendo como quando sentia frio Estou caindo, estou caindo Em uma tempestade de areia num imenso deserto Imagem: Once .
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De mim
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Sem nexo *** Menino *** Dedos verdes em mãos outonais que vertem e vertem. *** Tu me perguntas quais são as coisas que me fazem fugir. Eu não fujo. Te respondo: me aventuro na outra direção. *** Tu me dizes que me amas. E que eu te ignoro inultimente. Eu não te ignoro. Eu viajo numa ponte que só eu e Santiago conhecemos. *** Vai e vem: sempre nas mesmas teclas. Voei para longe. *** Azar o teu. Imagem: Vicente Sampaio .

Ana Terra - Erico Verissimo

Quando o sol saiu, os três homens foram trabalhar na lavoura. Dona Henriqueta aproximou-se do catre da filha, sentou-se junto dele e começou a acariaciar desajeitadamente a cabeça de Ana. Por longo tempo nenhuma das duas falou. Ana continuava de olhos cerrados, reprimindo a custo as lágrimas. Por fim, numa voz sentida, bem como nos tempos de menina quando Horácio e Antônio lhe puxavam os cabelos e ela vinha queixar-se à mãe, choramingou: -Mãe, eles mataram o Pedro. D. Henriqueta limitou-se a olhar a filha com seus olhos tristes, mas não teve coragem de falar. O sofrimento dava-lhe ao rosto uma expressão estúpida. Ela não queria acreditar que os filhos tivessem feito aquilo; mas já agora não restava a menor dúvida. -Decerto eles só mandaram o Pedro embora…-disse, sem nenhuma convicção. -Não, não. Eles mataram o Pedro, eu sei… Que vai ser de mim agora? -Deus é grande, minha filha. Tem coragem. -Se eu tivesse coragem eu me matava. -A vida é uma coisa que Deus nos deu e só Ele pode nos tir

Una red de mariposas

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Silêncio abrupto. Indecente. Incapaz. Silêncio pesado. Aberto. Venal. Silêncio verbal. Insolente. Provincial. Silêncio De borboletas De sol na varanda Cama por fazer. Silêncio de chamas De queimaduras. Silêncio de Junho sem ti. Imagem: Rufino Tamayo. Amigo de Los Pajaros.