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Showing posts from March, 2009
Nem a poesia me redime. Nem música, nem o vento. Estou fadada a perceber a vida através dessas janelas referenciais tortas. Ao menos todos parecem ser o Joãozinho do passo certo. E eu, sempre a do contra. Estou farta de sentir-me e comportar-me como vítima. Why do we love someone? When do we love someone? Me sinto só. Aguda forma de estar com alguém. Eu não quero mais fazer um esforço consciente para agradar aos outros. People always know what’s best for you. They have no clue what’s best for themselves. Só existe realmente a verdade completa dentro do que sinto. Aí estão os medos, as virtudes, o sótão, todos os recantos da casa. Ali se edificam todos os podres e todas as bendições. As dores e as delícias. De onde vem esse latejar dentro da alma? Essa angústia, essa dor? Tudo está bem. Te tenho. Eu fiz um experimento sem querer. Aconteceu. Quando me mudei para meu apartamento, a luz do banheiro estragou. Durante alguns meses vivi sem luz no banheiro por não conhecer um eletrecista no q

Trazer e levar

Ela escreve com o preciosismo de quem se atenta ao que é perfeito, o preciosismo de quem quer a palavra exata, a palavra mais eloquente, mais decisiva. Diz as coisas que eu penso. Sente o mesmo. E sei que me manda um carinho especial de longe, embora também necessite colo. Estou no centro. Não, não, estou na pista da esquerda e observo um carro branco, sem janela e com plásticos colados nas extremidades da porta. Um rapaz, jovem que perece sujo, dirige. Olho para o banco traseiro e vejo um menino de poucos anos. Eu os observo por alguns segundos, entre uma respirada cansada e outra, entre pensamentos de auto-comiseração e a angústia de não saber o porquê de sentir-me triste. Pensei no choro convulsivo desta manhã, na frente do espelho. Me achando patética por chorar como uma pequena menina perdida. O cachorro me olhava de longe, com cara de quem entende. Uma pena que eu tenha pensado em deixá-lo para adoção num lugar tão deprimente. Mas a vida nos surpreende e ele teve que voltar para
Tenho a impressão que me preparo. Ou seria apenas uma ilusão vagabunda? O tempo urge cada vez mais monstruoso, me sorries, sais e vais ligeiro. Não te vejo ir da janela, não te aceno, não me despeço de ti. Fazia frio esta manhã, o céu estava azul. Ventava, um vento barulhento. Saí as pressas e me perdi numa floresta que fica perto da casa. Entre nós não havia cotidiano possível. Haviam ausências e desesperos e dramas que colidiam numa coisa chamada cama. Vou te explicar como ser eu. E te dou a tarefa de entender-me, de acurdir-me quando todas as solidões se fizerem presente, quando todos os tumores da alma estiverem num sentir agudo. Quando eu ja não couber nesta fantasia de paz e calma, nesta absurda idéia de querer ser feliz.

Uma parede vermelha ou um sonho na diagonal

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Una noche en la Viruta

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A felicidade e uma esfera de cores insalubres.