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Showing posts from August, 2008

Rothko

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During the 1940s Rothko's imagery became increasingly symbolic. In the social climate of anxiety that dominated the late 1930s and the years of World War II, images from everyday life--however unnaturalistic--began to appear somewhat outmoded. If art were to express the tragedy of the human condition, Rothko felt, new subjects and a new idiom had to be found. He said, "It was with the utmost reluctance that I found the figure could not serve my purposes....But a time came when none of us could use the figure without mutilating it." Mark Rothko, The Omen of the Eagle,1942, National Gallery of Art, Gift of The Mark Rothko Foundation, Inc., 1986.43.107
Where do we draw the line?

My Blue House

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Back in 2005, I went to Brazil to find myself. I was so unhappy, so lost, so far away from what I had imagined I would become one day. I was living a life that was not real. I had to pretend I was happy all the time. I was living somebody else’s life. I didn’t have a job, I didn’t have love, I didn’t have my family close to me, I didn’t have any traces of that loving and lively girl I had once been. Then I decided to spend two months in Brazil – I gave up on a good job interview, separated from my ex-husband, and decided to start my life from scratch once again. I had plans to stay in Brazil, since I was so tired of my empty American life. I never felt like I belonged here. I didn't even feel like I had a home to go back to. So I did what seemed right at the time: I did some traveling in Brazil, I visited a place that must be very close to the concept we have of paradise, I went out with friends, I danced a lot, laughed and cried a lot, I looked for a job, which by the way seemed t

Before the Table

Crio para ti todo um mundo novo, cheio de esferas, cores, muitos sons, cheio de pequenas e significativas vidas e ritmos. Tu. Uma sonata, toda lua, o bebericar do amor todos os dias, sal do teu suor, um olho azul num olho verde. Uma pausa para que eu caminhe, para que teus gestos sejam de novo, uma seresta, um beijo longo em teu mamilo descoberto, tanto de mim para dar-te e descobrir-te. Saio da escassez de estar, e vou longe, com a alma aos galopes, montada num cavalo-felicidade-marinho-e-furta-cor. Ainda te tenho. Hoje, minha melhor loucura, num sopro, nuns minutos que ainda me faltam. Pesa a mente, a menta sobre a mesinha no canto do quarto azul, arde em mim o passado, teu, fazemos de conta, fazemos amor, tecemos nosso conto, e depois registro que. Te quero, e a casa mal organizada, e os tecidos e as telas sobre a mesa, me perguntam: quantos de ti hei de conhecer? I wish that each poem that I write to you could translate love in its complexities, pauses, laughter, joy, intensity: al
Um dos meus tangos favoritos: En Esta Tarde Gris.

Deserving

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Image: PostSecret.

Green Silence

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How should I take your green silence? Should I pretend I don't care? Should I let you know that it hurts me? Should I tell you that your silence is a gap between our bridge? Should I just think about something else? Should I love you with a cold heart? I don't know how to take your green silence. I wish that peace could fill my soul and that the gap I see be nothing but a shadow. Give me your orange wings, nothing less.

Craftsmanship

"Here's the reality: Everyone in every occupation starts as an apprentice. Those who are good enough become journeymen. The best become master craftsmen. This is as true of business executives and history professors as of chefs and welders." By Charles Murray, The Wall Street Journal, Aug. 13, 2008.

Ecstasy

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Preciso ver beleza. Preciso encontrar-te de novo para perder-me desta que me mantém distante. Preciso varrer as dores do passado para algum lugar onde não as veja, não as toque, não as abrace. Quero que meus braços sejam apenas teus. E que dessa inteireza de dois tentáculos magros e de formas definidas, saiam para ti, cresçam de mim para ti, uma certeza que te complete. Como se nós dois pudéssemos ser pássaros que entrelaçam suas asas e não se deixam ir. Preciso encontrar-me. Desfazer-me do teu passado. Recostar-me em ti, e ao olhar a água ver teus olhos azuis e tristes, deixar que meu corpo se arrepie ao teu toque e a tua sutileza. Deixar que cada onda que vem de ti, me sirva de abrigo, de lastro, de felicidade e êxtase. Descobrir a extensão do nosso amor tardio, preciso, e vasto, cheirar teu corpo e gravar nessa memória débil teus poros coloridos e suculentos. Preciso ver-te para entender que se há algum significado em estar viva foi para encontrar-te. Que busquei em muitas coisas se

Dreaming

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I'm running out of time. I dream because that's the safest place I can find myself. I dream because acting upon my dreams would be to take chances. I dream. I forget the best words possible and I'm afraid of forgetting everything you say. I dream of music. I can only afford the beauty of my life because of chance. I was born in a happy port. Weird winds brought me to a different land. I'm ready to embrace my mission. I want to be all heart and soul: I am dreaming.
I just know (it).
Pela primeira vez em minha vida encontrei uma pessoa que teoriza sobre culinária e nutrição da mesma maneira que eu. Ver arte na vida mundana, coisa para poucos. Bem-vindo.
O trabalho antes muito importante agora virou apenas um meio. Perdeu um tanto do brilho que eu enxergava em dar tudo de mim. Perdeu o charme. Acho que agora estou mais vivendo minha vida. Observo os acontecimentos para poder lembra-me deles. Entremeada por tangos e uma pitada de drama. Estou cada vez mais convencida que dinheiro faz falta e é, sem dúvida, importante. No entanto, não pode mudar a minha alma. Pode me trazer um pouco de segurança, mas se não for um dinheiro trabalhado em algo que seja altruístico, perde o valor. Valor: creio que só agora estou aprendendo o significado dessa palavra. Esperar: não, não quero mais. Muito obrigada. Estou aprendendo a relaxar. Algo extremamente complicado. Mas tenho meio caminho andado. E é bastante.

I have loved hours at sea

I have loved hours at sea, gray cities, The fragile secret of a flower, Music, the making of a poem That gave me heaven for an hour; First stars above a snowy hill, Voices of people kindly and wise, And the great look of love, long hidden, Found at last in meeting eyes. I have loved much and been loved deeply --Oh when my spirit's fire burns low, Leave me the darkness and the stillness, I shall be tired and glad to go. Sara Teasdale, American, 1884-1933
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Recostada em minha cama eu observo todas as paredes do meu quarto azul. Meu quarto é céu e mar concomitantemente. E eu, sereia e albatroz, vou aos poucos tomando gosto por essas tantas de mim que se manifestam. Que se libertam. Te espero todas as noites. E te canto meus melhores cantos. Me tens. Eu desisto de lutar contra o amor. Me tens. E toda tua declaro que sejas feliz ao ser meu. Nesse pequeno labirinto de tempo chamado hoje. Imagem: Flaming June, Frederic Lord Leighton.

Um fim

Se acabaram as manhãs de Hopper.
Fui tomada de uma força que arrebata e acalma. Foi numa noite em que, com humildade, agradeci pelas experiências que viver me proporciona. O quarto estava escuro e o corpo franzino, cansado e dolorido, recostado e curvo sentia nem frio, nem calor. Foi então que balbuciei palavras sinceras de agradecimento. Desde essa noite não tenho mais sentido aquela dor tão estranha que parecia a dor de uma adaga cravada nas costas. Não que algum dia eu tenha tido uma adaga cravada nas costas, mas a sensação era a de ter um objeto estranho fincado no lado esquerdo das costas. Essa dor passou, como passarão as outras. E a felicidade, tão bonita do dia de hoje, se prolongará junto com a paz que sinto e que quase me tira o ar. Palpito por essa felicidade verdadeira, cósmica, uma espécie de maturidade que cresce e cresce. Abraço teu mundo. E como uma concha me encontro com outra concha que me faz ver o mundo com olhos azuis. Eu sabia que virias.
Parting For me who go, for you who stay - two autumns. Taniguchi Buson, Japanese, 1716-1783