Coragem

Nas minhas seis aquisições de hoje na Barnes and Noble, encontrei um ótimo dicionário de história das palavras. São listados vinte mil verbetes ao todo, nos mais variados ramos do conhecimento. Nas primeiras páginas, o autor comenta um pouco sobre a língua inglesa e sua história.
Segundo ele, o inglês é parte germânico (soma do inglês antigo e escandinavo), parte românico (francês e latim), constituindo-se numa tremenda mistura e incorporando, por empréstimos, vocábulos do holandês, italiano, espanhol, alemão, árabe e tantos outros idiomas.
Entre tanta riqueza meus olhos se distraem da história do idioma em si, e viajam até as cidades pelas quais seus homens passaram. As batalhas que tiveram que lutar, as suas dificuldades, e intempéries de todos os tipos que, possivelmente, sem poder de escolha (no sentido que conhecemos hoje), foram obrigados a enfrentar.
Entre a neblina dessas batalhas imaginadas, dessas dores que foram perscrutadas por palavras, abro meu dicionário e escolho o verbete coragem. Meus olhos, que conversam com palavras, recaem na antítese do medo. Cor vem do latim – coração. O dicionário diz que no século 17, o coração representava o assento para o sentimento. Para mim ali está a coragem. A coragem que é preciso para amar. E para viver. Não tenho pátria, tenho coragem. In cor.

A trilha é Miedo, de Pedro Guerra e Lenine.

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