Hello Hemingway

A biblioteca está vazia, então aproveito para escrever. Mostrei para meus alunos um trecho, em cd, do clássico do Hemingway, O Velho e o Mar. Lembro que foi o primeiro livro que tentei ler em inglês quando mudei para cá. Ouvi-lo esta manhã me fez pensar que fiquei mais que mil dias em alto-mar, esperando, e que voltei tantas vezes, como o Velho, de mãos vazias. Houve vezes em que fui o Velho, e outras em que fui Santiago, companhia do silêncio, expectativa rala. Muitas vezes era um disfarce, uma mentira, uma face nova. Todos os dias eram elos disformes, que eu amontoava num canto. Para tentar. E das mãos partiram os sinais para um nunca. Um nunca mais.

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