Eau de Cartier

Cinco horrores construídos

Cinco meses sem te esperar. Cinco dias em que me castigo. Cinco horas sem fotos, dramas. Cinco meses de escassos dias. Cinco meses sem as esperanças de construir dias de sol na varanda e beijos e todas as coincidências bobas que dilatam-se e adiantam-se quando nos dá por estar em estado de graça e sentir profundamente que não há equívocos, senões, e tudo é extasiante e res(a)cende beleza. Cinco anos feitos de meses.

(E depois de poucas horas, enfeitiçados, te mostrava eu uma nesga de mundo, com Eau de Cartier e seus derivados que eu mesma emanava)

Cinco meses sem antecipar a chegada. E sem encontrar rastros. Cinco meses sem tecer véus e sem nomear-te. Mas, nem foi hoje. Foi ontem. E tu nem sabes.

Comments

Popular posts from this blog

Lost Phone