Meados de Setembro

Me atropelam idéias, mas passo dias sem escrever. Perco as oportunidades por não saber. Por falta de tempo. Por um desdém que quase não percebo. Difícil me surpreender quando já não há estradas.

Apaguei o nosso playlist.
E a luz. Já está na hora de dormir.

Sim, deveríamos ter aprendido a dizer boa noite antes de nos afogarmos em nossas solidões egoístas que fazem de conta que encontraram algo importante. E eu já não suporto o peso dos falsos-amores e das fal-sas-pro-me-ssas.

Estende-me tua mão, mesmo que esteja escuro e sombrio. Quero atravessar contigo para o outro lado e planar se não for possível voar. Mas não quero ficar quieta por causa do frio.
Quero tirar a esperança de dentro da caixa. E me deixar ser. Sem que o inferno seja o outro.

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