Conventioneers


Houve uma época que eu estava viciada em Barenaked Ladies.
E houve uma noite em que me apaixonei por Conventioneers, a música. Procurando por cd's e dvd's para assistir numa noite calma e desprovida de Shakespeare, me deparei com este filme. Esse da foto. Olha pra cima. Li brevemente a sinopse e decidi que seria o filme da noite. Eu esperava que Conventioneers do BNL fosse parte da trilha. E era. E o filme foi bom.
Em uma primeiro plano, conventioneers é aquele que vai a uma conferência. No entanto, para mim, conventioneers são aqueles que fazem do amor, um jogo. Uma espécie de labirinto, passa-tempo, ou coisa que o valha. São [conventioneers] duas pessoas que se conhecem, se envolvem e depois de um tempo sabem que vai acabar, que talvez nem deveria ter começado, mas insistem. Eu entendo que sim, há vezes em que a pessoa se engana. Todavia, estou quase certa que na maioria das vezes a gente sabe. No fundo, sempre se sabe que não vai dar em nada. (O dar em alguma coisa depende de cada um, e se os dois estiverem puxando a brasa para o seu assado, adeus - muito provavelmente o jogo nem vai sair do empate). Mesmo que se queira manter um pouco de qualquer coisa que seja. Seja carinho, seja companhia, seja sexo.
Invento significados para as palavras: conventioneers são os que se acomodam, por conveniência - mas nem sempre somente por isso, a um relacionamento. Uma espécie de ser que subsiste da beleza, do esforço, do amor do outro. Que absorve o que há de melhor no seu companheiro (a). E por mais que eu tenha escutado as frases: é cedo! A gente não pode prever! O amor vai surgir! As coisas vão melhorar! Nunca irei acreditar nessas (mentiras) frases. Cedo nada. Sugiro que, caro leitor, tampouco acredite: o que falta é coragem de dizer que não vamos nem até a esquina juntos. Mas está bem. Há um táxi a minha espera. Caso não haja, eu caminho.

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