Um livro que deixou de ser, e nem foi

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Em 1970 foi publicado um livro do bicentenário do nascimento de Beethoven. Talvez a data esteja errada. Tu sabes que música clássica não é o meu forte. E eu não vou checar as datas. Me esqueço desses pequenos hábitos que me fazem tão eu mesma. Tu ainda não havias nascido. Nem eu. Pensei em guardar esse livro para ti. E o deixei na mesa do escritório por alguns dias. Nós dois, eu e o livro, te esperando. Mas daí me dei conta que seria estranho te dizer que queria que tivesses esse livro por minha causa. Que seria uma das poucas coisas que nos uniria. Tu que vias tanta coisa, não me viste. Devolvi o livro. Tu és um risco que não quero correr.

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Writing

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Unresolved pain. Nostalgia. Fire. Vivid dreams at night. Immense love.  I read the other day something an old friend once told me. Go back to what you were good at when you were a child. That's where your natural talent is. I go back, and so many things come up. So many interests. Infinite curiosity. I loved words when I was a child. But I also loved animals and nature. I also loved music and poetry. The beach made me go without sleep. I also loved to dance. I remember attracting people's comments while dancing at parties. Not because I was good but because I did my own thing.  I also liked cooking and baking from an early age. Books were also my private world.  But who am I now, forty years later?  I listen to Riccardo Cocciante, and my heart fills with raw emotion. How can someone be so good and write the most beautiful songs? I need to understand Italian better, but what I know and feel with his songs is beyond anything material.  The power of art has to move us. That streng
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