Before the Table

Crio para ti todo um mundo novo, cheio de esferas, cores, muitos sons, cheio de pequenas e significativas vidas e ritmos. Tu. Uma sonata, toda lua, o bebericar do amor todos os dias, sal do teu suor, um olho azul num olho verde. Uma pausa para que eu caminhe, para que teus gestos sejam de novo, uma seresta, um beijo longo em teu mamilo descoberto, tanto de mim para dar-te e descobrir-te. Saio da escassez de estar, e vou longe, com a alma aos galopes, montada num cavalo-felicidade-marinho-e-furta-cor. Ainda te tenho. Hoje, minha melhor loucura, num sopro, nuns minutos que ainda me faltam. Pesa a mente, a menta sobre a mesinha no canto do quarto azul, arde em mim o passado, teu, fazemos de conta, fazemos amor, tecemos nosso conto, e depois registro que. Te quero, e a casa mal organizada, e os tecidos e as telas sobre a mesa, me perguntam: quantos de ti hei de conhecer?

I wish that each poem that I write to you could translate love in its complexities, pauses, laughter, joy, intensity: all in words. All in the lives of words that I capture when I feel your presence. My less ordinary words want to stay with you and bring back to you remarkable memories. From the times when we were one, when we were happy, and from when we were together. I am your written memento.

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