Fui tomada de uma força que arrebata e acalma. Foi numa noite em que, com humildade, agradeci pelas experiências que viver me proporciona. O quarto estava escuro e o corpo franzino, cansado e dolorido, recostado e curvo sentia nem frio, nem calor. Foi então que balbuciei palavras sinceras de agradecimento. Desde essa noite não tenho mais sentido aquela dor tão estranha que parecia a dor de uma adaga cravada nas costas. Não que algum dia eu tenha tido uma adaga cravada nas costas, mas a sensação era a de ter um objeto estranho fincado no lado esquerdo das costas. Essa dor passou, como passarão as outras. E a felicidade, tão bonita do dia de hoje, se prolongará junto com a paz que sinto e que quase me tira o ar. Palpito por essa felicidade verdadeira, cósmica, uma espécie de maturidade que cresce e cresce. Abraço teu mundo. E como uma concha me encontro com outra concha que me faz ver o mundo com olhos azuis. Eu sabia que virias.

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